quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Tázio Nuvolari: Segundo nunca


Podia começar esta historia com o "Era uma vez..." mas isso remeteria para algo ficcionado, o que não é de todo o caso, enfim... Era uma vez uma época em que não existiam controlo de tracção, em que os pneus pouco significavam, em que não existiam contratos milionários, em que a peça mais importante do carro estava entre o volante e a traseira, nessa época existia um piloto, talvez o maior de todos na pré-Formula 1, talvez o maior de todos os tempos, era conhecido por nunca querer perder, era mais fácil vê-lo desistir, que vê-lo ser segundo, na verdade só o foi por 18 vezes. Nuvolari, Italiano, começou nas motas, e ai mostrou o seu amor pelos motores, depois de um acidente em que partiu as duas pernas foi recomendado a ficar um mês de cama, não respeitou e no dia a seguir foi vencer a prova em Monza com as duas pernas engessadas.
Mas a história que trago é outra, depois de deixar as motas de lado e se virar para as 4 rodas o Demónio da Mântua, como era conhecido, tinha uma rivalidade saudável com Varzi, outro grande piloto da época, em 1930, e na emblemática Mille Miglia, Varzi, a pouco tempo do fim, e sobre uma noite cerrada, controlava a corrida, mas a três quilómetros do fim Nuvolari num ritmo avassalador e de faróis apagados coloca-se ao lado Varzi, liga os faróis, sorri e parte rumo à vitória, o mecânico que acompanhava Tazio nunca soube dizer quantas orações disse durante a perseguição que Nuvolari fez, Varzi não sabe como perdeu a prova a três quilómetros do fim, o que se sabe é que temos de concordar com Ferdinand Porsche: "Tazio Nuvolari - O melhor piloto do passado, do presente e do futuro"

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